O Senepol encontrou a sua Saint Croix no Brasil. Um grande projeto pecuário tem no Senepol a força que precisava para dar certo na Ilha de Marajó, no Pará, onde o pecuarista Daniel Fonseca de Araújo insemina e usa touros para fazer bezerros de maior valor agregado, pensando em mercado internacional. E conheceu na S+ o caminho para incrementar sua produção. “O Senepol caiu como uma luva para nós e investimos na certeza de colher bons resultados”, destaca o criador.
Há mais de 25 anos na pecuária de corte, ele conheceu o Senepol na TV e pela internet. Estudou a história da raça e, em 2016, fez seus primeiros investimentos com a assessoria da S+. Passou a investir na raça por tudo o que ouviu e ainda aproveitou o frete grátis em leilão para receber seus primeiros produtos.
“As vacas chegaram no Pará e se mostraram extremamente adaptadas”, lembra Daniel Araújo. “As paridas continuaram amamentando muito bem e as que vieram vazias ciclaram fácil e emprenharam em seguida”, lembra.
Para ele, a similaridade de perfil e clima entre Ilha de Marajó e Saint Croix, berço do Senepol, foi favorável. Por isso, a raça passou a povoar de vez as duas propriedades da família. A Fazenda Abaré, em São Miguel do Guamá, 120 km de Belém, se dedica ao gado PO, onde vão parir as fêmeas.
Por uma questão de logística e condição técnica, não se pode transportar animais com mais de 550 kg para a Ilha de Marajó, sob risco de naufrágio da balsa que faz a travessia. Por isso, logo na desmama, a bezerrada irá para a Fazenda Aruans, na ilha. “A gente quer colocar fêmeas Senepol parindo lá também, mas o grande objetivo nesse início é levar tourinhos para cobrir a vacada”, explica.
O caminho de volta para a Abaré, onde serão recriados em sistema de semi-confinamento, será feito pelos bezerros meio-sangue que ele pretende entregar para um mercado internacional que reconhece o valor de um bom produto, por exemplo o Líbano. “Exportamos os animais vivos para eles, que querem um animal sem chifre e sem cupim para abater lá no sistema deles”.
O plano é usar IATF em 20% das 6 mil matrizes Nelore com sêmen de Senepol que Daniel Aráujo comprou na S+. “O JR Fernandes nos passou todas as informações sobre a raça e a genética disponível e esse conhecimento dele nos deu muita segurança para investir na raça”, comenta Daniel, que logo em seguida se tornou sócio da ABCB-Senepol.
O restante da vacada será coberta pelos touros que ele pretende fazer com as fêmeas que comprou a partir de 2016. “Nas experiências que fizemos com outras raças o problema era a cobertura a campo e num volume como esse não podemos brincar e nem arriscar”, alerta. “Por isso, estudei e me convenci com os dados e os ganhos que vimos nos outros”, conclui.
Esse resultado a S+ vai mostrar aqui, quando os bezerros nascerem na Aruans e forem recriados na Abaré. Mais um exemplo que reforça a fama do Senepol de ser a raça que mais cresce no Brasil.